Geralmente provoca alguma dificuldade respiratória, com um barulho típico que ocorre na inspiração, sendo mais frequente no período neonatal. Esse barulho designa-se estridor e costuma atingir um pico de intensidade por volta dos 4-8 meses, acabando por ir desaparecendo gradualmente até aos 12-18 meses. Estas manifestações são mais evidentes quando o bebé está constipado, a chorar ou durante a alimentação, embora possa surgir apenas durante o sono.
Nas formas ligeiras, mesmo durante os episódios de estridor as crianças respiram e alimentam-se bem, mas nas formas mais graves pode haver dificuldades grandes na alimentação, com má evolução de peso associada.
Por vezes a laringomalácia existe em conjunto com outras anomalias e é relativamente frequentemente a associação com refluxo gastro-esofágico.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas que a criança apresenta e pode ser confirmado por observação da laringe por um otorrinolaringologista. No entanto, se as manifestações forem muito típicas, esta não é mandatória para o diagnóstico. De qualquer forma, há várias doenças que podem dar sintomas semelhantes, pelo que uma observação médica cuidada é muito importantes
O tratamento depende da gravidade da situação. Na grande maioria dos casos, a laringomalácia não é grave e resolve-se espontaneamente, sem necessidade de tratamento. Quando existe refluxo gastroesofágico associado, este deve ser tratado e é importante manter uma vigilância adequada do peso.
Os casos mais graves podem implicar tratamento cirúrgico e devem sempre ser acompanhados por um otorrinolaringologista.
Em jeito de conclusão, pode-se afirmar que esta é uma situação que causa bastante ansiedade aos pais, mas que na maior parte das vezes não coloca nenhum problema e se resolve facilmente.